site em reconstruçãosite under reconstruction
título do trabalho
work title
data
date

coopa-roca: 17 artesãs, 2002

COOPA-ROCA: 17 craftswomen, 2002
dezessete impressões fotográficas em processo cromogênico, laminadas
65 x 50 cm cada


seventeen laminated photographic C-prints
65 x 50 cm each


Durante quase 40 anos a Coopa-Roca, uma cooperativa fundada na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, visava associar artesanato têxtil e design, qualificando e dando emprego e dignidade a dezenas de mulheres artesãs, moradoras da comunidade. A valorização de um patrimônio imaterial e o propósito social da Coopa-Roca foram minhas principais motivações para participar do projeto que levou a exposição Retalhar II ao SESC-Belenzinho, em São Paulo, em 2001. Naquele ano, pedi ao grupo de artesãs que trouxessem suas fotografias de família preferidas, a fim de compor uma série de retratos para a exposição; uma espécie de extensão da ideia em torno do meu projeto Corpo da Alma (2003-2009). Eu imaginava que veria, entre as fotografias, algumas em preto e branco, realizadas em algum ponto remoto do Brasil, de onde elas teriam migrado para o Rio de Janeiro. Para minha surpresa, no dia da sessão de fotos, nenhuma delas chegou com fotos antigas. As 17 artesãs que aceitaram participar do projeto trouxeram fotos recentes de seus filhos e netos, numa asserção unânime de mais apreço pelo futuro do que pelo passado.


Rosângela Rennó, 2001
For almost 40 years, Coopa-Roca, a cooperative founded in the Rocinha community in Rio de Janeiro, has aimed to combine textile handicrafts and design, qualifying and giving employment and dignity to dozens of women artisans living in the community. Valuing an intangible heritage and the social purpose of Coopa-Roca were my main motivations for taking part in the project that brought the Retalhar II exhibition to SESC-Belenzinho in São Paulo in 2001. That year, I asked the group of artisans to bring their favorite family photographs to make up a series of portraits for the exhibition; a kind of extension of the idea around my Corpo da Alma [Body of Soul] project (2003-2009). I imagined that among the photographs I would see some in black and white, taken in some remote part of Brazil, from where they would have migrated to Rio de Janeiro. To my surprise, on the day of the photo session, none of them arrived with old photos. The 17 artisans who agreed to take part in the project brought recent photos of their children and grandchildren, in a unanimous assertion of more appreciation for the future than for the past.


Rosângela Rennó, 2001