work title
date
- câmera obtusa, 2022-2023
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cabeça, corpus e membros, 2022
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projeto terra de José Ninguém, 2021
- garota do desastre, 2021
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a imortalidade ao nosso alcance, 2020-2021
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projeto eaux des colonies, 2020-2021
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eaux des colonies (les origines), 2020-2021
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eaux des colonies (en construction), 2021
- espelhos pensantes, 1990/2021
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good apples | bad apples, 2019-2023
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exercícios de 3D (transparência), 2019
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Hercule & Hippolyte, 2019
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killing Che, 2019
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Brasil, 2019
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imagem persistente, 2019
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seres notáveis do mundo, 2018-2022
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nuptias, 2017-2023
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#rioutópico [em construção], 2017-2018
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bodas de porcelana, 2017
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bodas de prata, 2017
- Foto Cine Clube Bandeirante: do arquivo à rede, 2015
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imagem de sobrevivência, 2015
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operação Aranhas/ Arapongas/ Arapucas, 2014–2016
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círculo mágico, 2014/2016
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insólidos, 2014
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lanterna mágica, 2012
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Río-Montevideo, 2011/2016
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corpo extranho africano, 2011
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per fumum, 2010-2011
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menos-valia [leilão], 2010
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memory link, 2009-2010
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série turista transcendental, 2009-2024
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os três reinos de Nasca, 2011-2024
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método básico de assovio Gomero-Tupi, 2014-2016
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esperando..., 2010-2014
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mundo da lua, 2013
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eternidade a dois passos, 2013-2015
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mi mo, kokoro mo, 2012
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yanğyin bosphoros, 2011-2012
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kundalini freedom, 2009-2011
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Uyuni sutra, 2008 – 2011
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anuloma-viloma azteca, 2010-2011
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bouk [ring/loop], 2006-2009
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Carrazeda+Cariri, 2009
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matéria de poesia, 2008-2013
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o profeta da negociação, 2008
- febre do cerrado, 2008
- febre do sertão, 2008
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si loin mais pourtant si près, 2008
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corpo da alma (o estado do mundo), 2006-2009
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brèd e[k/t] chocolat, 2006-2008
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frutos estranhos, 2006
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a última foto, 2006
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menos-valia [troca-troca], 2005/2007
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apagamentos, 2004-2005
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experiência de cinema, 2004
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corpo da alma, 2003-2009
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bibliotheca, 2002
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coopa-roca: 17 artesãs, 2002
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espelho diário, 2001
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série vermelha (militares), 2000-2003
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duplo v, 2000-2003
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cartologia, 2000
- Vera Cruz, 2000
- parede cega, 2000
- pés de Luanda, 1999
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vulgo/texto, 1998
- vulgo, 1997-2003
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cerimônia do adeus, 1997/2003
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United States (série mexicana), 1997
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cicatriz, 1996/2023
- wedding landscape, 1996
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hipocampo, 1995/1998
- antinômio II (frente), 1995-1996
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círculos viciosos (472 casamentos cubanos), 1995
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in oblivionem, 1994-1995
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imemorial, 1994
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heaven and hell, 1994
-
evaporação de sentido, 1993-1994
- candelária, 1993
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private collection, 1992-1995
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private eye, 1992-1995
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atentado ao poder, 1992
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a bela e a fera, 1992
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primários, 1992
- duas lições de realismo fantástico, 1991/2015
- triângulo amoroso, 1991/1992
- amnésia, 1991
- as diferentes idades da mulher, 1991
- obituários, 1991
- puzzles, 1991
- paz armada, 1990/2021
- o cidadão sem qualidade, 1990/2021
- transatlântico, 1990/2021
- as afinidades eletivas, 1990
- os homens são todos iguais, 1990
- qualidades de cidadão, 1990
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anti-cinema, 1989
- pequena ecologia da imagem, 1988
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contos de bruxas, 1988
- Alice (analógica), 1987
câmera obtusa, 2022-2023
obtuse camera, 2022-202328 x 22 x 18 cm
28 x 22 x 18 cm
Eu sempre quis criar um desses objetos falsamente inocentes que imitam uma câmera, mas não fazem nenhuma fotografia. Na cena construída na faiança, uma dúzia de animais invadem e/ou escapam de uma câmera Rolleiflex. O animismo da fauna bordaliana parece ajudar a câmra a resistir à ideia da obsolescência compulsória. Sem saber muito bem como se comportar, a câmera pode ter perdido o foco ou até mesmo a noção de sua utilidade. Na epifania desses animais fantásticos, não importa se eles entram ou saem da câmera obscura, nem quem é o sujeito ou a representação, o criador ou a criatura. O instantâneo tornado permanente deve persistir enquanto o feitiço não for quebrado, antes do fim do mundo como o conhecemos.
Rosângela Rennó, 2023
I have always wanted to create one of those falsely innocent objects which imitate a camera but don’t take any pictures. In the constructed scene, the animism of the Bordallian fauna invades a Rolleiflex camera reproduced in faïence, with a dozen animals invading and/or escaping from the apparatus, trying to resist the idea of being obsolete. Without knowing very well how to behave, it may have lost focus or even have lost the notion of its usefulness. In the epiphany of these fantastic animals, it doesn't matter if they enter or leave the camera obscura, nor who is the subject or representation, creator or creature. The snapshot made permanent is meant to persist as long as the spell is unbroken, before the end of the world as we know it.
Rosângela Rennó, 2023
cabeça, corpus e membros, 2022
heads, corpus and limbs, 2022linguagem jurídica x linguagem carcerária, s/data / 2022
textos em vinil autoadesivo sobre painel, inspirado em peça pertencente ao MPP, São Paulo
240 x 540 cm
s/título (torso com braço e faca), 1996/2022
da série cicatriz (1996), a partir de negativo do Museu Penitenciário Paulista
impressão digital em papel fine art, adesivada sobre ACM
75 x 62 cm
s/título (braço com leão), 1996/2022
da série cicatriz (1996), a partir de negativo do Museu Penitenciário Paulista
impressão digital em papel fine art, adesivada sobre ACM
40 x 28 cm
s/título (retratos com pinta), 1996/2022
da série cicatriz (1996), a partir de negativo do Museu Penitenciário Paulista
impressão digital em papel fine art, adesivada sobre ACM
díptico 35 x 38,5 cm cada
as mentes criativas brincam com os objetos que amam, 1997
Acervo do Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, técnica mista sobre papel
[autor: Camargo]
72 x 52 cm
braço, 1936
Acervo do Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, óleo sobre tela
[autor: José Vaz de Farias]
107 x 67 cm
s/título (elmo), s/data
Acervo do Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, metal fundido e plástico
[Autor não identificado]
23,5 x 17,5 x 17,3 cm
s/título (pena, papel e tinteiro), s/data
Acervo do Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, metal fundido e madeira
[Autor não identificado]
31,5 x 43,5 x 17,3 cm
máquina artesanal de tatuagem, s/data
Acervo do Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, materiais diversos
22 x 17,5 x 17,5 cm
balança artesanal, s/data
Acervo do Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, plástico, madeira e metal
22 x 17,5 x 17,5 cm
legal language x prison language, undated / 2022
panel with texts on self-adhesive vinyl, inspired by work by MPP, São Paulo
240 x 540 cm
untitled (torso with arm and knife), 1996/2022
from the series scar (1996), made from photographic negatives from the MPP digital print on fine art paper
75 x 62 cm
untitled (arm with lion), 1996/2022
from the series scar (1996), made from photographic negatives from the MPP
digital print on fine art paper
40 x 28 cm
untitled (Portraits with Dot), 1996/2022
from the series scar (1996), made from photographic negatives from the MPP
digital print on fine art paper
diptych 35 x 38,5 cm each
creative minds play with the objects they love, 1997
Collection of Museu Penitenciário Paulista, São Paulo
[author: Camargo]
72 x 52 cm
arm, 1936
Collection of Museu Penitenciário Paulista, São Paulo
[author: José Vaz de Farias]
107 x 67 cm
untitled (helmet), undated
Collection of Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, moltem metal and plastic
[author: unidentified]
23,5 x 17,5 x 17,3 cm
untitled (quilt pen, paper and inkpot), undated
Collection of Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, moltem metal and wood
31,5 x 43, 5 x 17,3 cm
handmade tattoo machine, undated
Collection of Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, mixed media
22 x 17,5 x 17,5 cm
handmade weighing scale, undated
Collection of Museu Penitenciário Paulista, São Paulo, plastic, wood and metal
22 x 17,5 x 17,5 cm
Rosângela Rennó, 2023
Rosângela Rennó, 2023
outros textos
projeto terra de
José Ninguém, 2021
Mr. Nobody’s land project, 2021edição de vídeo: Fernanda Bastos e Isabel Escobar
trilha sonora original: O Grivo
video editing: Fernanda Bastos and Isabel Escobar
original soundtrack: O Grivo
Eixo 1: a vida de José Ninguém
diapositivos da narrativa EL HOMBRE QUE NO ERA HOMBRE, produzida pelo Centro Salesiano Catequístico de Madrid (reprodução)
duração: 26''
texto e locução: Rosângela Rennó
captura de voz: Rodrigo Gavião
colagens digitais: Isabel Escobar e Rosângela Rennó
Eixo 2: José Ninguém se pergunta
imagens a partir de capas de revistas e livros de diversos autores, em português, espanhol, ingliês e/ou francês
duração: 26'
capas de livros: Sérgio Henrique ABRANCHES (Companhia das letras, 2019); Marcelo AGUIAR (Betânia, 2019); Alain BADIOU et al (Eterna Cadencia, 2014; Casus Belli, 2016); Pedro AMBRA (Annablume, 2015); Edward D. ANDREWS (Christian Publishing House, 2018); Sherry ARGOV (Sextante, 2002); Zygmunt BAUMAN (Climats, 2009; Zahar, 2011; Polity Press, 2013; Zahar, 2015; Ekho-Dunod Editions, 2019); Caroline Silveira BAUER (Paço Editorial, 2017); Samuel BECKETT (Grove Press, 1964; JM [Serie del volador],1966; Iluminuras, 2000); Luis Henrique BEUST (Bahai do Brasil, 2017); Joice BERTH (Letramento, 2018); Leonardo BOFF et al. (Vozes Nobilis, 2016); Francisco BOSCO (Todavia, 2018); Guilherme BOULOS (Boitempo, 2015); Daniel BOVOLENTO (Outro Planeta, 2018); Michelle BOWDLER (Macmillan Publishers, 2020); Luiz Philippe de Orleans e BRAGANÇA (Novo Conceito, 2017); Kerry BROWN (Penguin Specials, 2015); Alan BURDICK (Text Publishing, 2017; Plataforma Actual, 2018; Todavia, 2020); Ale CALAZANS (Forma Cultural, 2020); J.J. CAMARGO (L&PM, 2015); Caio de Almeida CARDOSO (Clube de Autores, 2020); Anderson CAVALCANTE (Buzz, 2018); Mario Sergio CORTELLA et al. (Vozes Nobilis, 2009; Cortez, 2013; Papirus 7 Mares, 2013/2020; Planeta, 2016); Mia COUTO (Companhia das Letras, 2011); Manuela D’AVILA (Planeta, 2019); Marilá DARDOT (desenhos) (Ikrek, 2016); Acemoglu DARON et al. (Alta books, 2012;Deusto, 2012; Crown Business, 2013); Erich von DÄNIKEN (Melhoramentos, 1969; Berkley Publishing Group, 1980; Corgi Books, 1983); William DAMON (Summus, 2009); David EVAN (The Jonah Press, 2006); Helen FISHER (Taurus, 2005; Record, 2006; Rocco, 2010); Hal FOSTER (Verso Books, 2020; Ubu, 2021); Eduardo GIANETTI (Companhia de Bolso, 2007); Kate Fitz GIBBON (Rutgers University Press, 2005); Flávio GIKOVATE (MG, 1978; MG1989); Seth GODIN (Piatkus, 2010;Agir, 2010); Camila GÓES (Alameda, 2018); Ezequiel GOMES (Reflexão, 2017); Will GOMPERTZ (Zahar, 2013); Claire GORDON (Pensamento, 2003); John GOTTMAN et al. (Fontanar, 2014); Sue GRAVES (Moderna, 2013); Bell HOOKS (Rosa dos Tempos, 2019); Jim HOLT (RBA Libros, 2013); Alexander HERZEN (Cornell University Press, 1984); Jim HOLT (Intrínseca, 2013); Bill HYBELS (Betânia, 2019); Carlos JÚLIO (Planeta Estratégia, 2020); Ezra KLEIN (Avid Reader Press / Simon & Schuster, 2020); Ailton KRENAK (Companhia das Letras, 2019); Hans KÜNG (Editorial Trotta, 2002); Erik Bertrand LARSSEN (Vozes Nobilis, 2016); Vladimir Ilitch LENIN (Akal, 2015; Boitempo, 2020); Primo LEVI (Rocco, 2013); Steven LEVITSKY et al. (Zahar, 2018; Ariel, 2018); Toby LITTLE(Fontanar, 2017); Michael LOWY (Boitempo, 2016); Daniel Braga LOURENÇO (Elefante, 2019); Erwin W. LUTZER (Cpda, 2005);Kishore MAHBUBANI (Allen Lane and Penguin, 2018; PublicAffairs, 2020); Miguel MAHFOUD (Artesã, 2017); Dominique MAGALHÃES (Gente, 2016); Isabel Minhós MARTINS et al. (Tordesilhinhas, 2011); Pe. Fábio de MELO (Planeta, 2018); Fátima MESQUITA (Panda Books, 2018); Jen Pollock MICHEL (Ultimato, 2016); Jan-Werner MÜLLER (University of Pennsylvania Press, 2016; Grano de Sal, 2017); Randall MUNROE (Companhia das Letras, 2014); Renato NOGUERA (Harper Collins, 2020); Suzanne O’SULLIVAN (Other Press, 2017); Richard PANEK (Zahar, 2014); Anthony PEAKY (Arcturus Publishing Ltd, 2009); Allan e Barbara PEASE (Sextante 2011); Maria Manuel PEDROSA et al. (Museu da Paisagem, 2019); John PIPER (Fiel, 2014); Luiz Felipe PONDÉ (Planeta, 2020); Joseph RATZINGER (Planeta, 2009); Djamila RIBEIRO (Companhia das letras, 2018); Martha RODRIGUES (Mazza, 2006); Milton Matos ROLIM (Cia do eBook, 2015); J.C. RYLE (Projeto Ryle, 2014); Ricardo SALLUM (Eme, 2019); Elisama SANTOS (Paz e Terra, 2020); Barry SCHWARTZ (Alaúde, 2018); Erwin SCHRODINGER (Unesp, 2007); Robert SKIDELSKY (Yale University Press, 2020); M.D. SPENCER JOHNSON (Record, 1998; Urano, 2016); Gayatri Chakravorty SPIVAK (Columbia University Press, 2010; UFMG, 2018); Pernilla STALFELT (Companhia Das Letrinhas, 2016); Richard SWINBURNE (Academia Monergista, 2018); César SOUZA (Sextante, 2015); Nikolai TCHERNYCHEVSKIIT (Expressão Popular, 2020); Sarah TOMLEY (Sextante, 2020); Conceição TRUCOM (Irdin, 2020); César TUCCI (Leader, 2019); Paulo VIEIRA (Saphi, 2019); Elias Lopes VIEIRA (Literare Books, 2019); Alberto VILLAS (Globo 2010); Niki WALKER (Melhoramentos, 2015); Benjamin WARD (Palgrave Macmillan, 1972); Tiago ZOIA (Tiago Zoia, 2019).
capas de revistas: Clan Magazine #1, 2020 (s/i); Colour? What Colour? s/n., 2015 (Unesco); Informativo Mazars em Foco, s/n., s/d. (Mazars); Jornal El País, Instagram 2020 (ilustração de Juárez Casanova); Jornal O Dia n.24.773, 2020 (Ejesa); La Vie A-T-Elle été créée? s/n., 2016 (Watch Tower Bible); La Vita: opera di un Creatore? s/n., 2017 (Watch Tower Bible); Revista Você S/A s/n., 2012; n.178, 2013; n.208, 2015; s/n./230, 2017; n.265/266, 2020 (Abril); Revista 451 n.34, 2020 (ilustração de João Montanaro); Revista Animais e reencarnação s/n. (s/i); Revista Bereshit s/n., 2015 (Vale do Paraíba); Revista C. News n.2528, 2020; Revista Carta Capital n.1073, 2019 (Confiança); Revista Cérebro Saudável n.2/4, 2019 (Alto Astral); Revista Ciência e Foco n.7, 2017 (Alto Astral); Revista Conhecimento Prático língua Portuguesa n.7, s/d. (Escola); Revista da Cultura n.67, 2013; n.80, 2014; n.103, 2016 (Livraria da Cultura); Revista Discover en espanõl, s/n., 2002 ( Madrid); Revista Época Negócios s/n., 2015; s/n., 2016 (Globo); Revista Exame n.783, 2003; n.1027, 2012; n.1218, 2020 (Abril); Revista Galileu n.229, 2010; n.274/276, 2014; n.286/291, 2015; n.295/383, 2016; n.314, 2017; n.272/328/329, 2018; n.337/341, 2019 (Globo); Revista História da Biblioteca Nacional, n.29, 2008 (fotografia Evandro Teixeira/CPDOC JB, 1968); n.61, 2010; n.105, 2014 (Sociedade Amigos da Biblioteca Nacional); Revista Isto é Dinheiro n.1072, 2018 (Três); Revista Isto é n.2628, 2010; n.2595/2650, 2019; n.2625, 2020 (Três); Revista Ler & Saber n.15, 2018 (Alto Astral); Revista Mente Curiosa n.22, 2017; n.29/32/34, 2018; n.56, 2019; n.72/81, 2020 (Alto Astral); Revista Mente e Cérebro, s/n. (ilustração de Viviane Magalhães) (s/i); Revista Momentos da História n.8, 2019 (Alto Astral); Revista Mundo Estranho n.189, 2016; n.208/212, 2018 (Abril); Revista National Geographic s/n., 2018 (s/i); Revista Neurociência e Psicologia n.4/8/13/16, 2020 (Sábado); Revista Nova Escola n.279, 2015 (Abril); Revista O Tempo n.8078, 2019 (edUFF); Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios n.186, 2004 (Globo); Revista Piauí n.153, 2019 (Abril); Revista Portuguesa n.409, 2018 (Tin); Revista Reformador n.2183, 2011 (Federação Espírita Brasileira); Revista RH Magazine n.118, 2018 (Médis); Revista São Judas n.95, 2020 (Online); Revista Segredos da Mente n.4, 2015; s/n., 2019 (Alto Astral); Revista Select n.38, 2018 (Acrobática e Três); Revista Senso n.4, 2017; n.12, 2019 (Senso); Revista Superinteressante n.175, 2002; n.254, 2005; n.409, 2019 (Abril); Revista Território Teen s/n, 2016; s/n., 2020 (Currículo Cultura Cristã); Revista TPM n.172., 2017; n.180, 2019 (Trip); Revista Veja n.2244, 2011; n.2574, 2018 (fotografia de Marianna Cartaxo) (Abril); Revista Vida e Saúde, s/n., 2019 (Casa Publicadora Brasileira); Revista Visão Junior n.186, 2019 (Tin); Revista Vivência n.182, 2019 (Alcoólicos Anônimos).
Eixo 3: o grito da terra
diapositivos do acervo do Centro Gaúcho de Audiovisuais, anos 1980 (reprodução), e imagens complementares do projeto #rioutópico, 2017-2018 e de outros autores
duração: 6'
imagens: arquivo Ricardo Cardim (reprodução / reproduction); Alan Lima; Amanda Perobelli/Reuters; Arquivo MTST-SP; Beto Barata; Chico Batata; Claudia Andujar; Claus Meyer/Tyba; Gabriel Uchida; Guilherme Roberto; Lalo de Almeida; Leonardo Carneiro da Cunha/ISA; Lilo Clareto; Lucas Ururah; Luis Robayo/AFP; Marcio RM/Tyba; Oscar Cabral/Tyba; Ricardo Oliveira/Tyba; Rogério Reis/Tyba; Ronaldo Almeida/Tyba; Rosângela Rennó; Tiago Nhandewa; Tuca Vieira; Ueslei Marcelino/Reuters; Zeca Osorio; Zuleika de Souza.
gravações de campo: Zuleika Souza
Eixo 4: vida em construção
diapositivos do acervo do Centro Gaúcho de Audiovisuais, anos 1980 (reprodução), e imagens complementares do projeto #rioutópico, 2017-2018 e de outros autores
duração: 6'
imagens: AF Rodrigues/Tyba; Alan Lima; Claus Meyer/Tyba; Coletivo Frente 3 de Fevereiro; Guilherme Roberto; Joedson Alves; Junior Sant’Ana; Lidia Viber; Lucas Ururah; Marianna Cartaxo; Nathalia Menezes; Oscar Cabral/Tyba; Otávio Barros; Ronaldo Almeida/Tyba; Rosângela Rennó; Zuleika de Souza.
trilha sonora: Baco Exú do Blues, gentilmente cedida pela Altafonte
1st Axis: Mr. Nobody's life
slides from the narrative EL HOMBRE QUE NO ERA HOMBRE, produced by the Salesian Catechist Center of Madrid (reproduction)
length: 26''
text and voiceover: Rosângela Rennó
voice recording: Rodrigo Gavião
digital photo collages: Isabel Escobar and Rosângela Rennó
2nd Axis: Mr. Nobody asks himself
images from covers of magazines and books by different authors, in Portuguese, Spanish, English and/or French
length: 26'
book covers: Sérgio Henrique ABRANCHES (Companhia das letras, 2019); Marcelo AGUIAR (Betânia, 2019); Alain BADIOU et al (Eterna Cadencia, 2014; Casus Belli, 2016); Pedro AMBRA(Annablume, 2015); Edward D. ANDREWS (Christian Publishing House, 2018); Sherry ARGOV (Sextante, 2002); Zygmunt BAUMAN (Climats, 2009; Zahar, 2011; Polity Press, 2013; Zahar, 2015; Ekho-Dunod Editions, 2019); Caroline Silveira BAUER (Paço Editorial, 2017); Samuel BECKETT (Grove Press, 1964; JM [Serie del volador],1966; Iluminuras, 2000); Luis Henrique BEUST (Bahai do Brasil, 2017); Joice BERTH (Letramento, 2018); Leonardo BOFF et al. (Vozes Nobilis, 2016); Francisco BOSCO (Todavia, 2018); Guilherme BOULOS (Boitempo, 2015); Daniel BOVOLENTO (Outro Planeta, 2018); Michelle BOWDLER (Macmillan Publishers, 2020); Luiz Philippe de Orleans e BRAGANÇA (Novo Conceito, 2017); Kerry BROWN (Penguin Specials, 2015); Alan BURDICK (Text Publishing, 2017; Plataforma Actual, 2018; Todavia, 2020); Ale CALAZANS (Forma Cultural, 2020); J.J. CAMARGO (L&PM, 2015); Caio de Almeida CARDOSO (Clube de Autores, 2020); Anderson CAVALCANTE (Buzz, 2018); Mario Sergio CORTELLA et al. (Vozes Nobilis, 2009; Cortez, 2013; Papirus 7 Mares, 2013/2020; Planeta, 2016); Mia COUTO (Companhia das Letras, 2011); Manuela D’AVILA (Planeta, 2019); Marilá DARDOT (desenhos) (Ikrek, 2016); Acemoglu DARON et al. (Alta books, 2012; Deusto, 2012; Crown Business, 2013); Erich von DÄNIKEN (Melhoramentos, 1969; Berkley Publishing Group, 1980; Corgi Books, 1983); William DAMON (Summus, 2009); David EVAN (The Jonah Press, 2006); Helen FISHER (Taurus, 2005; Record, 2006; Rocco, 2010); Hal FOSTER (Verso Books, 2020; Ubu, 2021); Eduardo GIANETTI (Companhia de Bolso, 2007); Kate Fitz GIBBON (Rutgers University Press, 2005); Flávio GIKOVATE (MG, 1978; MG1989); Seth GODIN (Piatkus, 2010; Agir, 2010); Camila GÓES (Alameda, 2018); Ezequiel GOMES (Reflexão, 2017); Will GOMPERTZ (Zahar, 2013); Claire GORDON (Pensamento, 2003); John GOTTMAN et al. (Fontanar, 2014); Sue GRAVES (Moderna, 2013); Bell HOOKS (Rosa dos Tempos, 2019); Jim HOLT (RBA Libros, 2013); Alexander HERZEN (Cornell University Press, 1984); Jim HOLT (Intrínseca, 2013); Bill HYBELS (Betânia, 2019); Carlos JÚLIO (Planeta Estratégia, 2020); Ezra KLEIN (Avid Reader Press / Simon & Schuster, 2020); Ailton KRENAK (Companhia das Letras, 2019); Hans KÜNG (Editorial Trotta, 2002); Erik Bertrand LARSSEN (Vozes Nobilis, 2016); Vladimir Ilitch LENIN (Akal, 2015; Boitempo, 2020); Primo LEVI (Rocco, 2013); Steven LEVITSKY et al. (Zahar, 2018; Ariel, 2018); Toby LITTLE (Fontanar, 2017); Michael LOWY (Boitempo, 2016); Daniel Braga LOURENÇO (Elefante, 2019); Erwin W. LUTZER (Cpda, 2005); Kishore MAHBUBANI (Allen Lane and Penguin, 2018; PublicAffairs, 2020); Miguel MAHFOUD (Artesã, 2017); Dominique MAGALHÃES (Gente, 2016); Isabel Minhós MARTINS et al. (Tordesilhinhas, 2011); Pe. Fábio de MELO (Planeta, 2018); Fátima MESQUITA (Panda Books, 2018); Jen Pollock MICHEL (Ultimato, 2016); Jan-Werner MÜLLER (University of Pennsylvania Press, 2016; Grano de Sal, 2017); Randall MUNROE (Companhia das Letras, 2014); Renato NOGUERA (Harper Collins, 2020); Suzanne O’SULLIVAN (Other Press, 2017); Richard PANEK (Zahar, 2014); Anthony PEAKY (Arcturus Publishing Ltd, 2009); Allan e Barbara PEASE (Sextante 2011); Maria Manuel PEDROSA et al. (Museu da Paisagem, 2019); John PIPER (Fiel, 2014); Luiz Felipe PONDÉ (Planeta, 2020); Joseph RATZINGER (Planeta, 2009); Djamila RIBEIRO (Companhia das letras, 2018); Martha RODRIGUES (Mazza, 2006); Milton Matos ROLIM (Cia do eBook, 2015); J.C. RYLE (Projeto Ryle, 2014); Ricardo SALLUM (Eme, 2019); Elisama SANTOS (Paz e Terra, 2020); Barry SCHWARTZ (Alaúde, 2018); Erwin SCHRODINGER (Unesp, 2007); Robert SKIDELSKY (Yale University Press, 2020); M.D. SPENCER JOHNSON (Record, 1998; Urano, 2016); Gayatri Chakravorty SPIVAK (Columbia University Press, 2010; UFMG, 2018); Pernilla STALFELT (Companhia Das Letrinhas, 2016); Richard SWINBURNE (Academia Monergista, 2018); César SOUZA (Sextante, 2015); Nikolai TCHERNYCHEVSKIIT (Expressão Popular, 2020); Sarah TOMLEY (Sextante, 2020); Conceição TRUCOM (Irdin, 2020); César TUCCI (Leader, 2019); Paulo VIEIRA (Saphi, 2019); Elias Lopes VIEIRA (Literare Books, 2019); Alberto VILLAS (Globo 2010); Niki WALKER (Melhoramentos, 2015); Benjamin WARD (Palgrave Macmillan, 1972); Tiago ZOIA (Tiago Zoia, 2019).
magazine covers: Clan Magazine #1, 2020 (s/i); Colour? What Colour? s/n., 2015 (Unesco); Informativo Mazars em Foco, s/n., s/d. (Mazars); Jornal El País, Instagram 2020 (ilustração de Juárez Casanova); Jornal O Dia n.24.773, 2020 (Ejesa); La Vie A-T-Elle été créée? s/n., 2016 (Watch Tower Bible); La Vita: opera di un Creatore? s/n., 2017 (Watch Tower Bible); Revista Você S/A s/n., 2012; n.178, 2013; n.208, 2015; s/n./230, 2017; n.265/266, 2020 (Abril); Revista 451 n.34, 2020 (ilustração de João Montanaro); Revista Animais e reencarnação s/n. (s/i); Revista Bereshit s/n., 2015 (Vale do Paraíba); Revista C. News n.2528, 2020; Revista Carta Capital n.1073, 2019 (Confiança); Revista Cérebro Saudável n.2/4, 2019 (Alto Astral); Revista Ciência e Foco n.7, 2017 (Alto Astral); Revista Conhecimento Prático língua Portuguesa n.7, s/d. (Escola); Revista da Cultura n.67, 2013; n.80, 2014; n.103, 2016 (Livraria da Cultura); Revista Discover en espanõl, s/n., 2002 ( Madrid); Revista Época Negócios s/n., 2015; s/n., 2016 (Globo); Revista Exame n.783, 2003; n.1027, 2012; n.1218, 2020 (Abril); Revista Galileu n.229, 2010; n.274/276, 2014; n.286/291, 2015; n.295/383, 2016; n.314, 2017; n.272/328/329, 2018; n.337/341, 2019 (Globo); Revista História da Biblioteca Nacional, n.29, 2008 (fotografia Evandro Teixeira/CPDOC JB, 1968); n.61, 2010; n.105, 2014 (Sociedade Amigos da Biblioteca Nacional); Revista Isto é Dinheiro n.1072, 2018 (Três); Revista Isto é n.2628, 2010; n.2595/2650, 2019; n.2625, 2020 (Três); Revista Ler & Saber n.15, 2018 (Alto Astral); Revista Mente Curiosa n.22, 2017; n.29/32/34, 2018; n.56, 2019; n.72/81, 2020 (Alto Astral); Revista Mente e Cérebro, s/n. (ilustração de Viviane Magalhães) (s/i); Revista Momentos da História n.8, 2019 (Alto Astral); Revista Mundo Estranho n.189, 2016; n.208/212, 2018 (Abril); Revista National Geographic s/n., 2018 (s/i); Revista Neurociência e Psicologia n.4/8/13/16, 2020 (Sábado); Revista Nova Escola n.279, 2015 (Abril); Revista O Tempo n.8078, 2019 (edUFF); Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios n.186, 2004 (Globo); Revista Piauí n.153, 2019 (Abril); Revista Portuguesa n.409, 2018 (Tin); Revista Reformador n.2183, 2011 (Federação Espírita Brasileira); Revista RH Magazine n.118, 2018 (Médis); Revista São Judas n.95, 2020 (Online); Revista Segredos da Mente n.4, 2015; s/n., 2019 (Alto Astral); Revista Select n.38, 2018 (Acrobática e Três); Revista Senso n.4, 2017; n.12, 2019 (Senso); Revista Superinteressante n.175, 2002; n.254, 2005; n.409, 2019 (Abril); Revista Território Teen s/n, 2016; s/n., 2020 (Currículo Cultura Cristã); Revista TPM n.172., 2017; n.180, 2019 (Trip); Revista Veja n.2244, 2011; n.2574, 2018 (fotografia de Marianna Cartaxo) (Abril); Revista Vida e Saúde, s/n., 2019 (Casa Publicadora Brasileira); Revista Visão Junior n.186, 2019 (Tin); Revista Vivência n.182, 2019 (Alcoólicos Anônimos).
3rd Axis: the cry of the earth
slides from the collection of the Audiovisual Center of Rio Grande do Sul, 1980s (reproduction), and additional images from the project #rioutópico, 2017-2018, and from other authors.
length: 6'
images: archive Ricardo Cardim (reprodução / reproduction); Alan Lima; Amanda Perobelli/Reuters; Arquivo MTST-SP; Beto Barata; Chico Batata; Claudia Andujar; Claus Meyer/Tyba; Gabriel Uchida; Guilherme Roberto; Lalo de Almeida; Leonardo Carneiro da Cunha/ISA; Lilo Clareto; Lucas Ururah; Luis Robayo/AFP; Marcio RM/Tyba; Oscar Cabral/Tyba; Ricardo Oliveira/Tyba; Rogério Reis/Tyba; Ronaldo Almeida/Tyba; Rosângela Rennó; Tiago Nhandewa; Tuca Vieira; Ueslei Marcelino/Reuters; Zeca Osorio; Zuleika de Souza.
field recordings: Zuleika Souza
4th Axis: life under construction
slides from the collection of the Audiovisual Center of Rio Grande do Sul, 1980s (reproduction), and additional images from the project #rioutópico, 2017-2018, and from other authors
length: 6'
images: AF Rodrigues/Tyba; Alan Lima; Claus Meyer/Tyba; Coletivo Frente 3 de Fevereiro; Guilherme Roberto; Joedson Alves; Junior Sant’Ana; Lidia Viber; Lucas Ururah; Marianna Cartaxo; Nathalia Menezes; Oscar Cabral/Tyba; Otávio Barros; Ronaldo Almeida/Tyba; Rosângela Rennó; Zuleika de Souza.
soundtrack: Baco Exú do Blues, kindly provided by Altafonte
outros textos
garota do desastre, 2021
disaster girl, 202135 x 53 x 2 cm
35 x 53 x 2 cm
a imortalidade ao nosso alcance, 2020-2021
immortality within our reach, 2020-2021e vidro, e vinil adesivo jateado
195 x 75 x 20 cm
195 x 75 x 20 cm
Muitas embalagens de produtos contêm retratos de pessoas como nós, em geral olhando para o espectador/consumidor: o sorriso no rosto e a fisionomia que transmite confiança produzem a empatia à primeira compra. Se o retratado que nos olha é o patriarca da empresa, o vínculo da confiança passa pela tradição; se ele é um modelo contratado para embelezar o invólucro do produto, está criada ali a identificação total com a imagem que o consumidor terá quando a compra for consumada, como se milhões de espelhos estivessem instalados em todas as prateleiras das lojas, em todo o mundo.
Se as pessoas comuns retratadas nos rótulos e embalagens já conquistaram um certo grau de imortalidade, pela notoriedade e pela repetição do próprio retrato, nada melhor do que consumir aquilo que elas representam e que está ao alcance das nossas mãos. Talvez um pouco daquela graça alcançada recaia sobre nós, consumidores. A chave da felicidade e da vida, ambas eternas, está logo ali…
Rosângela Rennó, 2021
Many product packages contain portraits of people like us, usually looking at the viewer/consumer: the smile on the face and the physiognomy that expresses confidence produce empathy at the first purchase. If the person looking back at us is the patriarch of the company, the bond of trust passes through tradition; if he is a model hired to embellish the product's wrapping, the total identification with the image that the consumer will have when the purchase is consummated is created there, as if millions of mirrors were installed on all store shelves, all over the world.
If the ordinary people portrayed on labels and packaging have already achieved a certain degree of immortality, through notoriety and the repetition of the portrait itself, there is nothing better than consuming what they represent and that is within reach of our hands. Perhaps a little of that achieved grace falls to us, the consumers. The key to happiness and life, both eternal, is right there…
Rosângela Rennó, 2021
projeto eaux des
colonies, 2020-2021
eaux des colonies project, 2020-2021eaux des colonies
(les origines), 2020-2021
eaux des colonies (les origines), 2020-202130 x 21 cm, 30 x 42 cm e 30 x 462 cm (mapa)
reprodução de mapa das estradas romanas em papel Hahnemühle
120 x 2000 cm (instalação)
reproduction of Roman road-maps on Hahnemühle paper
30 x 21 cm, 30 x 42 cm e 30 x 462 cm (map)
120 x 2000 cm (installation)
Em algum momento no final do século XVII algumas garrafas de uma Aqua Mirabilis chegaram a Colônia, levadas por algum comerciante italiano, assim começou a história. No início do século XVIII essa ‘água maravilhosa’ já era produzida na cidade e cerca de cinquenta anos depois foi apelidada pelos soldados franceses como Eau de Cologne, tornando-se um objeto de desejo.
Assim começou a saga de um elixir que foi levado para todos os continentes do planeta; um produto que acompanhou a colonização europeia e foi viralizado e canibalizado de tantas maneiras que se transformou, de um artigo de luxo, em um objeto de consumo para todas as classes sociais, até se tornar um termo genérico de perfume.
Em sua cidade natal, a transformação do elixir terapêutico em perfume levou pouco mais de um século. Porém, em várias partes do mundo, a água da Colônia sempre manteve outras funções além de simplesmente encantar o olfato, fossem elas terapêutica, sanitária, esotérica ou mágica, como as maldições que se aderem a um produto ou objeto, e atravessam os séculos, para todo o sempre.
O que há entre uma colônia romana e um objeto de desejo e consumo, além de seu próprio nome como denominador comum? Uma linha de tempo que pode começar antes do nascimento de ambos e jamais terminar.
Eaux des Colonies [les origines] é uma linha de tempo em construção, onde as lacunas são tão importantes quanto as imagens que a compõem, nesse exato momento. A pesquisa foi iniciada durante a pandemia da covid-19, quando diversas instituições se esforçaram em ampliar seus acervos digitais para facilitar o acesso remoto a seus documentos.
Nessa linha de tempo, os percursos da ‘água’ proveniente de Colônia são mais relevantes do que a identidade do seu criador, tão questionada ao longo de mais de 300 anos. É notório o fato de que, desde o século XVIII, um nome de família — muito comum na Itália — tenha fortemente impulsionado a indústria das falsificações, até que a disseminação do tão cobiçado produto se tornasse incontrolável.
Mesmo com tantas lacunas, a linha de tempo exemplifica a eficiência de alguns modelos de colonização, desde os tempos das grandes navegações até os dias atuais, confirmando que, desde sempre, a colônia e as colônias têm sido um excelente negócio.
A criação deste dossier é em parte tributada à obra de Hans Haacke, grande artista nascido em Colônia.
Rosângela Rennó, 2021
Sometime in the late 17th century, a number of bottles of Aqua Mirabilis arrived in Cologne, brought over by some Italian merchant, thus the story began. About half a century later, this 'marvelous water' already produced in the city was nicknamed Eau de Cologne by French soldiers and it became an object of desire.
Thus began the saga of an elixir that was subsequently taken to every continent on Earth; a product that accompanied European colonization and was viralized and cannibalized in so many ways that it transformed from a luxury item into an object of consumption for all social classes and then, into a generic term for perfume.
In the city of its birth, the transformation of the therapeutic elixir into perfume took just over a century. However, in many parts of the world, Eau de Cologne has always maintained other functions in addition to simply enchanting the sense of smell, whether they be therapeutic, sanitary, esoteric or magical, like the curses that adhere to a product or object and span centuries forever and ever.
What is there that exists between a Roman colony and an object of desire and consumption, aside from their name as a common denominator? A timeline that begins before each one was born and which never ends.
Eaux des Colonies [les origines] is a timeline under construction in which the gaps are just as important as the images that comprise it at this exact moment. The research was initiated during the COVID-19 pandemic, when several institutions endeavored to expand their digital collections to facilitate remote access to their documents.
In this timeline, the routes traveled by the 'water' from Cologne are more relevant than the identity of its creator, which has been so questioned for over 300 years. It is a well-known fact that, since the 18th century, a family name - very common in Italy - has strongly driven the counterfeiting industry, to the point that dissemination of the coveted product became uncontrollable.
Even with so many gaps, the timeline exemplifies the efficiency of some models of colonization, from the times of the great navigations down to the present day, confirming that cologne and colonies have always been an excellent business.
The creation of this dossier is, in part, a tribute to the work of Hans Haacke, the great artist born in Cologne.
Rosângela Rennó, 2021
outros textos
eaux des colonies
(en construction), 2021
eaux des colonies (en construction), 2021plataforma em dry-wall pintado
270 x 180 x 60 cm
painted drywall plataform
270x180x60 cm
Idealizamos uma enquete que será realizada entre cidadãos dos 133 países que, em algum momento de sua história, viveram a condição de ‘colônia’ de um outro país. Esses indivíduos serão requisitados para opinar sobre quais seriam os aromas que melhor representariam suas respectivas terras-mater, levando em conta não apenas os aromas naturais, genuínos do local, mas também os artificiais, de alguma maneira exóticos, possivelmente herdados de seus colonizadores depois de anos, décadas ou até mesmo séculos de simbiose, dependência, espoliação e exploração.
Até que a enquete aconteça e seja concluída, a coleção Eaux des Colonies [en construction] permanecerá em estado de latência. Cada frasco — cujo volume corresponde proporcionalmente à extensão territorial do país representado por ele — ocupa um lugar preciso no mapa-múndi, segundo a projeção de Gall-Peters. Os frascos, que contêm somente a base alcóolica, aguardam o complemento de 6% de essência de perfume que será produzida, em cada caso, a partir das respostas à pergunta: que aroma melhor define, hoje, o seu país?
Nesse exercício excêntrico de cartometria também foram incluídas as 65 porções de terra que, supostamente por conveniência mútua, permaneceram como territórios governados por algum outro país distante. Pessoas originárias dessas terras também merecem ser ouvidas.
Rosângela Rennó, 2021
We devised a survey to be conducted among citizens of 133 countries who, at some point in their history, experienced the condition of 'colony' of another country. These individuals will be asked to opine on which aromas best represent their respective mater-lands, taking into account not only the natural, genuine aromas of the place, but also the artificial, to a certain extent exotic, scents, possibly inherited from their colonizers after years, decades or even centuries of symbiosis, dependence, plunder and exploitation.
Until the survey is given and completed, the Eaux des Colonies [under construction] collection will remain in a latent state. Each bottle - whose volume corresponds proportionally to the territorial extension of the country it represents - occupies a precise place on the world map, according to the Gall-Peters projection. The bottles, which contain only the alcohol base, await the complement of 6% of the essence of fragrance to be produced, in each case, based on the answers to the question: what aroma best defines your country today?
This eccentric exercise in cartometry also includes the 65 portions of land which have remained territories governed by some other distant country, supposedly out of mutual convenience. People from these lands also deserve to be heard.
Rosângela Rennó, 2021
outros textos
espelhos pensantes, 1990-2021
thinking mirrors, 1990-202170 x 70 x 12 cm
70 x 70 x 12 cm
#MeToo, 2021
© Filipe Berndt
© Filipe Berndt
I too am untranslatable, 2021
© Filipe Berndt
© Filipe Berndt
MITO, 2021
© Filipe Berndt
© Filipe Berndt
Não é nada disso que você está pensando, 2021
© Filipe Berndt
© Filipe Berndt
Sou vasto.... contenho multidões, 2021
© Filipe Berndt
© Filipe Berndt
Em 1990 decidi inserir algumas frases em espelhos e, assim, colocar o espectador em diálogo com seu duplo. ‘Não é nada disso que você está pensando’ é aquela expressão que todos conhecemos, usada normalmente por alguém que foi flagrado fazendo algo que não devia, para dizer que as ‘aparências enganam’, ou seja, não acredite no espelho. A segunda frase saiu de um verso do colossal poema de Walt Whitman, ‘Song of Myself’; ‘I too am untranslatable’ escrito de forma espelhada poderia ser a resposta dada pelo indivíduo do espelho, quando confrontado pelo seu par imperfeito. Esse segundo espelho fez parte de uma exposição em homenagem ao poeta, inaugurada na Biblioteca Pública de Belo Horizonte, no mesmo ano. Dos três espelhos produzidos na época apenas um sobreviveu e a série foi interrompida, talvez por acumulada falta de sorte.
Em 2020, no início da pandemia, Bob Dylan lançou um álbum interrompendo um jejum de mais de sete anos e o título da primeira canção era outro verso do mesmo poema de Whitman: ‘I contain multitudes’. Achei que seria interessante usá-lo também na retomada da série de espelhos que pensam, depois de 30 anos. Nesse novo diálogo com o mundo virtual e sua expansão exponencial, as palavras de ordem ooTeM# e OTIW são opostos perfeitos, especulares na forma, conteúdo e significado. Jamais poderiam ficar de fora de ambos os mundos.
Rosângela Rennó, 2021
good apples | bad apples, 2019-2023
good apples | bad apples, 2019-2023dimensões variadas
variable dimensions
Rosângela Rennó, 2023
Rosângela Rennó, 2023