book title
date
- 1551-2020, 2023
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Good Apples | Bad Apples, 2023
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aucune bête au monde [nenhum animal no mundo], 2019
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Good Apples – Bad Apples [from Z to A], 2019
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coração das trevas, [edição especial], 2019
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coração das trevas, [edição comercial], 2019
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My book of Nepali little shrines [and some words to live by in the dawn of the 21st century], 2018-2020
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The Great Gallery of Mesmerizing Extreme Happiness, 2018-2019
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#rioutópico [em construção], 2018
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espírito de tudo, 2017
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Río-Montevideo, 2015
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Alice através do espelho e o que ela encontrou lá, 2015
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todo aquello que no está en las imágenes, 2014
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menos-valia [leilão], [versão especial], 2013
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menos-valia [leilão], [edição comercial], 2012
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A01 [cod.19.1.1.43] — A27 [s|cod.23], [versão album], 2015
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A01 [cod.19.1.1.43] — A27 [s|cod.23], [versão offset], 2013
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Venetian tour scrapbook, 2009-2010
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mamãe e eu, 2009
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2005 – 510117385 – 5, [versão offset], 2008 – 2009
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2005 – 510117385 – 5, [versão álbum], 2008 – 2009
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espelho diário, 2008
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a última foto, 2006
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apagamentos, 2005
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Rosângela Rennó: o arquivo universal e outros arquivos, 2003
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bibliotheca, 2003
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matris lingua, 2001
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pensamientos de la frontera, 1997
- o grande livro do Adeus, 1990
espelho diário, 2008
O título da instalação é uma referência ao jornal inglês “Daily Mirror”, conhecido pelo seu conteúdo sensacionalista. As personagens foram inspiradas em notícias – de jornais brasileiros – que envolviam alguém cujo nome é “Rosângela”. Colecionadas durante oito anos, entre 1992 e 2000, essas notícias foram organizadas num diário-colagem pela artista, e recontadas, sob a forma de monólogos, pela escritora. Os 133 monólogos constituíram, assim, um diário, que condensa oito anos em um, de uma personagem múltipla nomeada “Rosângelas”. Roteirizado, o diário foi gravado em vídeo pela artista, que opera a câmara tal como um espelho: diário, confessional.
O “Intróito”, que apresenta a personagem “Rosângelas”, foi, na instalação, narrado por Cid Moreira. O “Epílogo” trata estatisticamente os fatos ocorridos com a personagem, na tentativa, vã, de conferir-lhe alguma unidade. Em “Intróito” e “Epílogo”, a escritora evidencia o deslocamento entre objeto e sujeito no jogo de reflexos em que se envolveu(ram) aquela(s) “Rosângelas” do Brasil, inclusive a própria artista, personagem de um dos dias do “Espelho Diário”.
Até o momento, a instalação foi apresentada no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2001), no Museu do Chiado (Lisboa, 2001), no Museu de Arte da Pampulha (Belo Horizonte, 2002), no Novo Museu (Matéria Prima, Curitiba, 2002), no Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2003), no Museu de Arte Contemporânea de Goiânia (Vidia-arte/Prêmio Cultural Sérgio Motta- 2002, Goiânia, 2003), no Espaço Cultural Contemporâneo- ECCO- Venâncio (Fotoarte 2004, Brasília, 2004), e na Galeria Vermelho (São Paulo, 2008). Na sua versão em inglês, dublada pela artista, foi apresentada na Galeria Lombard Freid Projects (Nova Iorque, 2003) e no National Museum of Wales (ArtesMundi 3, Cardiff, 2008). E, na versão em francês, igualmente dublada pela artista, no espaços culturais Passage du Désir (Festival d’Automne à Paris, Paris, 2005) e Hotel Fontfreyde (Festival Vidéoformes, Clemont-Ferrand, 2007).
O que se apresenta neste livro é uma espécie de “making-em-off” do vídeo, em que o diálogo entre a artista e a escritora durante o processo de elaboração do roteiro pode ser ouvido pelo leitor, enquanto vê as imagens congeladas da(s) “Rosângelas”, no Espelho Diário agora impresso.