book title
date
- 1551-2020, 2023
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Good Apples | Bad Apples, 2023
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aucune bête au monde [nenhum animal no mundo], 2019
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Good Apples – Bad Apples [from Z to A], 2019
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coração das trevas, [edição especial], 2019
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coração das trevas, [edição comercial], 2019
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My book of Nepali little shrines [and some words to live by in the dawn of the 21st century], 2018-2020
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The Great Gallery of Mesmerizing Extreme Happiness, 2018-2019
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#rioutópico [em construção], 2018
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espírito de tudo, 2017
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Río-Montevideo, 2015
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Alice através do espelho e o que ela encontrou lá, 2015
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todo aquello que no está en las imágenes, 2014
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menos-valia [leilão], [versão especial], 2013
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menos-valia [leilão], [edição comercial], 2012
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A01 [cod.19.1.1.43] — A27 [s|cod.23], [versão album], 2015
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A01 [cod.19.1.1.43] — A27 [s|cod.23], [versão offset], 2013
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Venetian tour scrapbook, 2009-2010
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mamãe e eu, 2009
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2005 – 510117385 – 5, [versão offset], 2008 – 2009
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2005 – 510117385 – 5, [versão álbum], 2008 – 2009
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espelho diário, 2008
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a última foto, 2006
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apagamentos, 2005
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Rosângela Rennó: o arquivo universal e outros arquivos, 2003
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bibliotheca, 2003
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matris lingua, 2001
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pensamientos de la frontera, 1997
- o grande livro do Adeus, 1990
Aucune Bête au Monde, 2019
Segundo o historiador Alain Ruscio, o general Marcel Bigeard, lendário herói da colonização francesa, foi um militar muito vaidoso que construiu sua própria imagem de glória. "Orquestrou, com maestria, uma construção ideológica, sustentada pelos interesses da própria República, por meio de eficientes mecanismos de pressão sobre suas colônias. [...] A popularidade de Marcel Bigeard, ex-membro da Resistência em plena atividade durante as guerras na Indochina e na Argélia, se explica, sem dúvida, pela sua grande coragem física - sempre envolvido em missões perigosas, dono de um estilo rude, com um relativo respeito pelas hierarquias militar e política e, sobretudo, um sentido aguçado de comunicação. [...] Marcel Bigeard foi um autor prolífico. Sua bibliografia é longa. [...] Ele sempre falava e escrevia sobre si próprio na terceira pessoa do singular (Bigeard fez... Bigeard disse... Bigeard pensa...). Um psicanalista provavelmente veria nisso um certo umbiguismo um pouco exagerado."
Aucune Bête au Monde é um livro editado em 1959, ilustrado, à maneira das revistas de atualidades como Paris Match (fundada em 1949) e Life (1936-2000) bastante populares na época e ditadoras de um estilo de linguagem texto-imagem que foi replicado em vários países: le poids des mots, le choc des photos. O livro foi composto por textos escritos pelo então Coronel Bigeard e fotos realizadas pelo Sargento-Chefe Marc Flament, em solo argelino, em algum momento da longa guerra pela independência da Argélia (1954-1962). A fim de criar uma maior coerência entre as fotografias e o título do livro, decidi esconder, por meio da pintura feita à mão, todas as imagens dos militares que aparecem sobre as fotografias. Foram também realizados cortes específicos em algumas páginas para eliminar os textos que identificavam o local onde as imagens foram capturadas. Os apagamentos nas imagens e nas próprias páginas pretendem sugerir um aspecto de universalidade a partir da documentação de uma guerra específica. Que lindo teria sido se o ser animal humano não tivesse deixado nenhuma marca naquelas dunas...
Rosângela Rennó, 2019
The artist has decided to hide, through hand-painting, all the images of the soldiers that appear on the photographs. Specific cuts have also been made on some pages to eliminate texts that could possibly identify the places where the images were captured. The erasures in the images are supposed to suggest an aspect of universality in the documentation of this specific war and were thought of as a response to the title itself, created by the author of the text which, in turn, refers to an extracted expression from the book Terre des Hommes, by Antoine de Saint-Exupéry.
On the author of the text of the book, General Marcel Bigeard: In 2011, President Sarkozy decided to pay tribute to General Marcel Bigeard (1916 - 2010), one of the advocates of colonial wars and repressive leaders in Algeria, by placing his ashes at the Invalides, at a time when societies are rethinking the history of European colonialism in the world and, in particular, the war in Algeria, in the light of the 50th anniversary of its end.
According to the historian Alain Ruscio, General Marcel Bigeard, a heroic legend of French colonization, was a very vain military and fully aware of the construction of his own image. Bigeard was "the director of his own glory" - "an ideological construction, orchestrated by himself, relayed by many pressure forces and even by the government of the Republic., [...] The popularity of Marcel Bigeard, former resistance, on the breach during the wars of Indochina and Algeria, is undoubtedly explained by the great physical courage of man, always alongside his paras in dangerous missions, a style made rants, a respect relative - and rather sympathetic - for the military and political hierarchies and ... a keen sense of communication [...] Marcel Bigeard was a prolific author. His bibliography is long. Sticks to his autobiographical works alone, there are seven books, most of which have been reissued, and he often talks about him in the third person singular (Bigeard did ... Bigeard said ... Bigeard think ...) A psycho-analyst would see probably a somewhat oversized navel."
mor charpentier, 2019